Maria é um dos nomes mais comuns no nosso país. E as Marias são muitas: das Graças, das Dores, Tereza, Rita, de Cássia. Cada Maria tem sua história e muitas compartilham uma vida de luta e de batalha para criar seus filhos e fazer a comida render o mês todo.

Essa Maria não é diferente. É moradora do Planalto Sul, na região Serrana do Estado. É neta de avó que conheceu a escravidão, e tem uma vida de luta e de resistência, como gosta de lembrar. É Quilombola, uma das quatro mil pessoas quilombolas vivendo em Santa Catarina. E nunca pode abaixar a guarda, pois senão perderá seus filhos, acusada de ser incapaz de criá-los, ou então perderá as terras que seus antepassados herdaram em testamento do fazendeiro Matheus José de Souza em 1877.

Esta Maria é liderança de seu povo, que se aquilomba para conseguir existir.

Esta máscara é uma homenagem ao povo quilombola, que habita diversas regiões de Santa Catarina e que resistem na existência e existem na resistência.